quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Sete fontes, sete mágoas

Mantém-se polémico e incerto o destino do Complexo Monumental das Sete Fontes em São Victor, Braga. E fundamentalmente porque, com a entrada em funcionamento do novo hospital, sobre a sua zona envolvente, paira o tétrico espectro da especulação imobiliária e urbanística.
            (Para quem ainda não sabe ou propositadamente ignora, foi deste complexo aquífero que, há mais de quatrocentos anos, se iniciou o abastecimento, natural e público, de água à cidade. Obra monumental e ciclópica para a época e a demonstrar o engenho, criatividade e empreendedorismo dos governantes de então, de que é justo destacar o Arcebispo D. José de Bragança, o vale das Sete Fontes tem, no dizer dos especialistas, as condições ideais para ser um parque natural e ecológico de excelência.)
            Ora, a Câmara Municipal de Braga, como entidade mais directamente responsável e detentora dos meios necessários para a sua defesa e implementação,  elaborou, em tempos, para o local, um Plano de Pormenor que, contemplando um excessivo volume de construção, põe em risco a salvaguarda do respectivo património, bem como a qualidade de vida dos habitantes locais e a que não são alheios os trabalhadores e utentes do novo hospital.
            Muitos organismos públicos e forças vivas da cidade, entre as quais justo é destacar a Junta de Freguesia de S. Victor, batido se têm pela elevação a Parque Urbano do Complexo Monumental das Sete Fontes. Louvor lhes seja devido e seu ímpeto não esmoreça, pois, com isto, a cidade, os seus habitantes e o próprio país só têm a lucrar, já que é da preservação da memória cultural e artística, herdada dos nossos antepassados, que prioritariamente se trata.
            Por isso, preciso e urgente é que a Câmara Municipal se capacite de que a construção de um Parque Urbano nas Sete Fontes é um equipamento imprescindível para a cidade e por que todos os bracarenses desatinadamente anseiam. Depois, após a tão desbragada febre de construção que transformou Brácara Augusta num deserto de cimento e alcatrão, ele é o desejado e benfazejo oásis.  
           
Artigo de Dinis Salgado, publicado no Diário do Minho de 28/09/2011

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Casa das Convertidas vai ser centro de diversidade cultural

O edifício do Recolhimento de Santa Maria Madalena, em Braga, entrou na “lista de espera” dos imóveis a requalificar pela Câmara Municipal de Braga. O edifício também conhecido por “Casa das Convertidas” foi escolhido para acolher aquele que será o futuro centro de multiculturalismo da cidade, em homenagem aos afluxos emigratórios que hoje caracterizam o «tecido sócio-cultural» da capital minhota.