quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Uma oração

Minha boca pronunciou e pronunciará, milhares de vezes e nos dois idiomas que me são íntimos, o pai-nosso, mas só em parte o entendo. Hoje de manhã, dia primeiro de julho de 1969, quero tentar uma oração que seja pessoal, não herdada. Sei que se trata de uma tarefa que exige uma sinceridade mais que humana. É evidente, em primeiro lugar, que me está vedado pedir. Pedir que não anoiteçam meus olhos seria loucura; sei de milhares de pessoas que vêem e que não são particularmente felizes, justas ou sábias. O processo do tempo é uma trama de efeitos e causas, de sorte que pedir qualquer mercê, por ínfima que seja, é pedir que se rompa um elo dessa trama de ferro, é pedir que já se tenha rompido. Ninguém merece tal milagre. Não posso suplicar que meus erros me sejam perdoados; o perdão é um ato alheio e só eu posso salvar-me. O perdão purifica o ofendido, não o ofensor, a quem quase não afeta. A liberdade de meu arbítrio é talvez ilusória, mas posso dar ou sonhar que dou. Posso dar a coragem, que não tenho; posso dar a esperança, que não está em mim; posso ensinar a vontade de aprender o que pouco sei ou entrevejo. Quero ser lembrado menos como poeta que como amigo; que alguém repita uma cadência de Dunbar ou de Frost ou do homem que viu à meia-noite a árvore que sangra, a Cruz, e pense que pela primeira vez a ouviu de meus lábios. O restante não me importa; espero que o esquecimento não demore. Desconhecemos os desígnios do universo, mas sabemos que raciocinar com lucidez e agir com justiça é ajudar esses desígnios, que não nos serão revelados.

Quero morrer completamente; quero morrer com este companheiro, meu corpo.

Jorge Luis Borges
Nasceu em 1899 na cidade de Buenos Aires, e faleceu em Genebra, no ano de 1986. É considerado o maior poeta argentino de todos os tempos e é, sem dúvida, um dos mais importantes escritores da literatura mundial.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

População de Braga preocupada com a falta de segurança

É lamentável que, apesar dos inúmeros artigos publicados a chamar atenção das autoridades sobre a precariedade da segurança pública em Braga – manifestamente por parte da Associação Comercial e tantos outros cidadãos preocupados com a crescente criminalidade – nada tenha mudado. Moradores e comerciantes permanecem à mercê de uma sorte cambaleante sobre os vidros estilhaçados de portas e montras que se amontoam num cenário cada vez mais comum no dia-a-dia da cidade.
Hoje (quinta-feira, 11 de Agosto), um estabelecimento comercial em pleno Largo da Senhora-a-Branca tornou-se mais um número nas estatísticas; apenas dois dias após outro estabelecimento do mesmo género ter sido assaltado no Campo da Vinha. As pessoas que por ali passaram (incluindo turistas) para percorrer a parte pedonal da Avenida Central, depararam-se com os vidros da porta espalhados pelo passeio. Este local aliás, tem sido alvo constante dos delinquentes que actuam geralmente durante a madrugada, quando o patrulhamento policial é extremamente reduzido. Os moradores queixam-se da falta de segurança e sentem-se intimidados com a presença constante de pessoas suspeitas, provavelmente toxicodependentes, que passam as noites à volta dos carros estacionados na via pública (que muitas vezes também são vandalizados).
Enquanto algumas pessoas questionam se existe a possibilidade de acontecer em Portugal uma convulsão social semelhante a que se verifica em Inglaterra, eu pergunto: Já não temos razões suficientes para nos preocuparmos? Obviamente as dimensões não são comparáveis, todavia, um cidadão prejudicado é uma vítima em qualquer lugar do mundo. E cada um conhece a dimensão do seu prejuízo.
Renato Córdoba I cronicas.up@gmail.com

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Agencia de Viagens e Turismo Atlas assaltada esta madrugada em pleno centro de Braga

Em Braga a agencia de viagens e turismo Atlas no campo da vinha em pleno centro da cidade foi assaltada esta madrugada (09/08/2011) entre as 3.30 e as 4 horas.
Os ladrões utilizaram marretas para partir o vidro da porta de entrada ..já no interior arrancaram um cofre de uma parede e levaram um outro mais pequeno.
Uma responsavel da atlas disse á radio antena minho que no interior dos cofres estavam cerca de 3000 euros em dinheiro e diversa documentação.
A policia judiciaria já esteve no local para recolher vestigios do assalto deixados pelos larápios.

Fonte: Antena Minho - http://www.antena-minho.pt/noticias.php?n=52874