terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Análise Política

O FUTURO NÃO SE CONSTRÓI REPETINDO
OS ERROS DO PASSADO
            Segunda-feira dia 28/11/2011 no noticiário das 20 horas da TVI24, tive a desdita de ouvir o economista Medina Carreira que considero o comentador mais honesto em contacto directo com os cidadãos comuns, deste pobre e desgraçado país.
            Certamente ao escrever a palavra desdita utilizei um tema suave pois a revolta no meu sentimento foi elevada ao ponto máximo e face a tudo que ouvi, recordei as palavras de estadista de vulto que um dia afirmou:  “Pobre deste país, se um dia chega a ser governado por estes políticos!”
            Apresentando dados insuspeitos elaborados com realismo que não deixam dúvidas, ele justificou a situação actual da economia portuguesa que atribuiu aos governantes que nos desgovernaram nos últimos 10 anos, ou seja, o partido socialista useiro e vezeiro em praticar danos reversíveis, sempre que chega ao poder… Utilizando linguagem que na gíria popular designarei “ sem papas na língua”ele afirmou convicto que, tais políticos, deviam ser incriminados judicialmente;  eu por minha conta e risco acrescentarei: sejam eles de que partido forem.
            Porém em Portugal tal nunca acontece nem acontecerá, pois nunca vi nenhum político mexer no seu próprio umbigo, daí que as culpas morrem sempre solteiras (como se diz também em gíria popular)… Assim caminhamos alegremente para a ruína, apesar dos manifestos de última hora dos salvadores denominados “Pais da Pátria”, os quais até aqui estiveram comodamente calados, a usufruir das bonomias vitalícias que escandalosamente lhes são atribuídas; ainda e mais uma vez acrescentarei: Para que servem as fundações que por aí proliferem e quanto custam ao país? Por alguma razão o novo governo Italiano excluiu da governação os políticos, substituindo-os por tecnocratas; por regra os políticos embora digam o contrario, olhem mais para os interesses do partido que para o País real.
            Também quero dedicar uma palavra aos militares e, assim, apenas direi: Os militares essencialmente servem para defender o território nacional e nunca para derrubar governos eleitos por sufrágio directo… Assim se faz em qualquer nação civilizada onde impera uma democracia eleita legalmente pelo chamado povo. Será que também esses “Pais da Pátria” querem cumprir agora, a sigla de meter os reaccionários no Campo Pequeno? A memória não é curta para relembrar que em tempo já distante, o mesmo militar fez tal ameaça… por tal facto estou convicto que no meu país nunca serão 800 militares que farão calar o voto nas urnas e faça prevalecer um golpe militar que apenas resultará numa nova ditadura.
            Com uma oposição afectada pelo vírus da demagogia, e que repetidamente quer dividir o país entre esquerda/direita esquecendo que todos somos portugueses e estamos no mesmo barco… As greves embora sejam um direito alienável dos trabalhadores, nunca neste momento serão solução para os graves problemas que nos afectam, e pelo contrário apenas os fará agravar.
            É evidente que as centrais sindicais cumprem o seu dever em defesa dos seus filiados, contudo falam muito em direitos mas raramente em deveres. Onde está a democracia daqueles que colocam piquetes para evitar que colegas seus possam trabalhar?
            A economia não se compadece com aqueles que gastam mais que aquilo que recebem. Ninguém empresta dinheiro a quem não pode ou não quer pagar… arrumar a casa (leia Portugal) é urgente e necessário; depois sim encetar vida nova onde não serão admissíveis os mesmos erros que nos conduziram a esta catástrofe.

                                                                                        António Fernandes Ferreira

Sem comentários:

Enviar um comentário