A “Casa das Convertidas”, em Braga,
criada no século XVIII pelo arcebispo local para acolher as mulheres proscritas
pela sociedade, foi classificada como monumento de interesse público.
A classificação do Recolhimento de
Santa Maria Madalena ou das Convertidas foi declarada a 24 de outubro de 2012,
por portaria assinada pelo anterior secretário de Estado da Cultura, Francisco
José Viegas, e hoje publicada em Diário da República.
Atualmente propriedade do Estado, o
imóvel, situado no centro da cidade, ficou devoluto em finais dos anos 1990,
quando o então governador civil de Braga, Pedro Bacelar de Vasconcelos, o
mandou fechar, face às precárias condições de segurança e salubridade.
Entretanto, o estado de degradação
foi-se agravando e hoje em dia “ameaça ruína”, segundo a associação de defesa
do património JovemCoop. Isto apesar de ser considerado “um notável conjunto
arquitetónico”, com uma capela onde existe um altar em talha barroca e um teto
de madeira pintada.
A instalação naquele edifício da
delegação do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e dos serviços distritais da
Proteção Civil é uma das hipóteses já equacionada para o imóvel.
O futuro do edifício será discutido
num debate público marcado para o dia 23, promovido pela associação BragaMais.
Em declarações à Rádio Universitária
do Minho, Ricardo Silva, da Jovemcoop explicou que o espaço está degradado e
quer por isso intervenção imediata. O também membro da BragaMais defendeu ainda
uma funcionalidade para o espaço, mas não aquela que o Governo pretende, um
serviço de estrangeiros e fronteiras. Um assunto que será por isso discutido no
próximo dia 23 pela BragaMais.
Fonte: RUM com Lusa