quinta-feira, 2 de junho de 2011

Geometria das Palavras

Texto de Ana Nogueira

Desilusões constantes, pessoas que se vendem por meia dúzia de tostões...
            Algumas destas pessoas considerava-as amigas, respeitava-as, como posso eu respeitar alguém que não se respeita a si próprio?
            O pesadelo incorporou algumas das personagens do meu quotidiano, não eram as supostas, mas o deus dos sonhos conseguiu ainda que a realidade transcrita, fosse mais dolorosa…
            Elas revoltaram-se em relação a minha comunicabilidade, que tornou a minha presença inoportuna.
            O carrossel da verdade parou e agora temos que nos reencontrar e pagar uma nova senha…
            Já disse que teclo como se do meu piano se tratasse?
            Não interessa, já não consigo ser alheia à mentira que o mundo eufemisou com palavras aprazíveis.
            Soube que seguiste a rota da rotina, fico contente, algum de nós teria que o fazer... Eu poderei viver num passado atormentado, mas não consigo viver na tua mentira, na tua radical utopia.
            És um refugiado no meio de tantos senhores encapuzados, apesar de a tua norma ser: “nunca ser mais um”, a diferença fez de ti um quadrado similar!
            A matemática não se dispersou, tu é que te afastaste dos meus princípios...
            Fui uma tola, mais uma vez, o mundo não agradece tolices, apenas as repreende… O mundo contempla a doença e a efemeridade, eu agora também serei uma mera espectadora da minha nefasta vida, pois o desfecho caótico só é presenciado pela “vítima” e os demais choram, quando a desgraça é alheia, a cobardia impera!
            Vou escrever sobre quem não me inspira, para provar que mesmo as palavras soltas, são palavras válidas!

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